Na Rua 1 fica o Café Industrial. A proprietária, Rosa, ficou desagradada com a vinda dos chineses para a zona. Com poucos clientes portugueses e ainda menos chineses, que preferem restaurantes com comida chinesa, o negócio está difícil: “Eu só queria que eles não tivessem mandado as empresas portuguesas daqui para fora, eles é que eram os meus clientes. Os chineses deram-me cabo do negócio”. Com a chegada dos chineses à Varziela e o aumento do interesse de compra dos pavilhões o valor por m2 foi inflacionado, o que levou muitas das empresas que lá estavam a sair.



Outra perspectiva tem José Miguel, responsável da JB Cash & Carry, loja de revenda de material para papelarias e livrarias sediada na Varziela. O facto de também trabalhar na área da revenda, forte aposta da comunidade chinesa, não diminui a perspectiva positiva de José Miguel em relação à comunidade: “Na papelaria o universo de consumidores portugueses costuma ser muito ‘marquista’. Isto implica que o nosso público-alvo seja diferente do dos chineses. Aliás, há muitos chineses que são nossos clientes.”

O QUE PENSAM OS PORTUGUESES QUE TRABALHAM NA VARZIELA?